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Alunos do Ifes criam projetos inovadores em Tecnologia Assistiva

Publicado: Sexta, 15 de Janeiro de 2010, 15h36 | Última atualização em Terça, 01 de Fevereiro de 2011, 17h02

Os alunos dos cursos regulares do Instituto Federal do Espírito Santo têm mostrado que a educação profissional vai além da capacitação para o exercício de uma profissão: ela está comprometida com as demandas da sociedade.

No campus Serra, os alunos têm usado os conteúdos técnico e científico para desenvolver tecnologias que favorecem a inclusão social e atenuam as dificuldades das pessoas com necessidades especiais no exercício da cidadania.

A partir da observação da dificuldade enfrentada por cadeirantes ao utilizar lavatório e espelho em lugares públicos, 8 alunos do curso Técnico em Automação Industrial resolveram desenvolver um projeto de “lavatório auto-ajustável”. A inovação consiste em uma base móvel formada por um espelho e lavabo, que se movimenta por meio de um sensor ultrassônico analógico e de um Controlador Lógico Programável a fim de se ajustar à altura do usuário. Ele é embasado pos conhecimentos nas áreas de Automação, Eletrotécnica e Mecânica, e seu público-alvo não é limitado a cadeirantes: o projeto é útil também a usuários de alturas distintas.

Por enquanto, o “lavatório auto-ajustável” está apenas no papel, mas segundo Dédima Marisa Araújo Oliveira, uma dos autores do projeto, nada impede que ele se concretize: “isso só depende de o grupo receber algum tipo de investimento financeiro”. A aluna conta que a ideia foi desenvolvida durante três meses, na disciplina Projeto Integrador: “A iniciativa da escola é boa para nós, por desenvolver a nossa criatividade, e boa para as pessoas que precisam dessas adaptações”.

Foi pensando em aumentar a autonomia dos deficientes visuais para realizar compras que Hana Raphaella Trindade, do curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, desenvolveu um programa que transforma o famoso smartphone (telefone inteligente) em um leitor de etiqueta para deficientes visuais.

Para desenvolver seu projeto, que também será seu trabalho de conclusão de curso, Hana integrou diferentes tecnologias: smartphone (telefone inteligente), código de barras bidimensional, leitor de código de barras bidimensional e leitor de tela e sintetizador de voz. O smartphone é usado para capturar, através da câmera integrada, a imagem da etiqueta do produto. A leitura dos dados é feita e repassada para o telefone, que os fala para o indivíduo, por meio de um sintetizador de voz. 

Banco de dados de Libras
E como fazem os alunos surdos e seus intérpretes quando, durante o ensino de algum conteúdo, se deparam com palavras cujos sinais eles não conhecem? Para solucionar este entrave ao aprendizado, Cintya Mendes e Vitor Kappel criaram o “Sistema Livre para armazenamento digital dos sinais em libras criados nos múltiplos espaços educacionais”. Os alunos são dos cursos Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Técnico em Informática, respectivamente.

O sistema funciona como um banco de dados, alimentado por sinais em libras criados por diferentes instituições para áreas de ensino específicas. Dessa forma, além de propiciar uma memória digital desses sinais, o projeto fomenta o diálogo entre outros estudantes e comunidades e permite saber se o sinal para a palavra em questão já existe e é utilizado em outro local.
 

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