Ifes entrega termo de cooperação para parceria com a Federação de Apicultura no projeto Apisfrut
O documento prevê a capacitação de famílias em situação de extrema pobreza para a produção de mel.
Representantes do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes, entre eles o pró-reitor de Extensão, Renato Tannure, entregaram termo de cooperação técnica a representantes da Federação de Apicultura do Espírito Santo – Fecapes, na quinta-feira (5). A entidade irá fazer a análise jurídica do documento que, a partir de sua assinatura, formalizará parceria entre as instituições para o desenvolvimento do projeto Apisfrut, que visa incentivar a apicultura e a fruticultura no Estado, promovendo a inclusão produtiva e o desenvolvimento social.
O diretor de Extensão Tecnológica do Ifes, Francisco Rapchan, conta que a assinatura permitirá a elaboração e implementação de uma pauta de atividades para o fortalecimento da cadeia produtiva de mel, com a integração da Fecapes com os campi do Instituto que tem um viés agrícola. “Este foi o pontapé inicial do projeto”, afirmou.
A intenção do Apisfrut é capacitar, em 2014 e 2015, cerca de 700 famílias em situação de extrema pobreza para a produção de mel e para a fruticultura com potencial apícola. As famílias participantes serão selecionadas por meio do cadastro do programa Brasil Sem Miséria, do governo federal. Elas deverão ser residentes nas áreas rurais de 30 municípios do Espírito Santo.
Segundo Karina Nolasco de Carvalho, diretora técnica do Instituto Saviesa, que vai auxiliar o Ifes na execução do projeto, a seleção das famílias já foi iniciada. “Nossa previsão é estruturar 19 unidades de extração de mel este ano, em 19 municípios que ainda serão escolhidos”, contou. Estão previstas ainda a estruturação de três entrepostos e entrega de 350 kits de apicultura, com todo o equipamento para a produção.
O presidente da Fecapes, Eraldo Angeli, está otimista com as possibilidades que o Apifrut oferece. “Esse projeto pode significar o crescimento da renda familiar. É a diversificação da cultura. O mel, se for bem trabalhado, pode ser colhido quatro vezes no ano. O café, por exemplo, que é uma cultura muito forte no Estado, só é colhido uma vez”, apontou.
Élcio José Luchi Thomazelli, vice-presidente da Federação, aponta também as vantagens ambientais. “Não há uso de agrotóxicos e não tem necessidade de desmate. O produtor pode usar um cantinho da propriedade e já instalar os equipamentos”, indicou. Ambos reforçam também o benefício da presença de abelhas para a polinização, facilitando a fruticultura.
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