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Ifes é cadastrado para ter acesso ao Patrimônio Genético

Publicado: Segunda, 02 de Fevereiro de 2015, 17h34 | Última atualização em Segunda, 02 de Fevereiro de 2015, 17h34

Medida beneficia pesquisadores da instituição que pretendem isolar, identificar ou utilizar informação de origem genética proveniente de organismos vivos.

 

O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) está cadastrado, desde o último dia 29, para ter acesso ao Patrimônio Genético, na Plataforma Carlos Chagas. Dessa forma, pesquisadores da instituição que pretendem desenvolver trabalhos que necessitam de isolamento, identificação ou uso de informação de origem genética proveniente de organismos vivos já podem cadastrar seus projetos e dar andamento às pesquisas.

A solicitação de permissão é necessária para “obtenção de amostra de componente do patrimônio genético para fins de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção, visando a sua aplicação industrial ou de outra natureza”, conforme a Medida Provisória 2.186-16/2001.

A obtenção de amostra de componente do patrimônio genético é definida como a atividade realizada com o objetivo de usar informação de origem genética – ou moléculas e substâncias provenientes do metabolismo dos seres vivos e de extratos obtidos destes organismos – para fins de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção, visando a sua aplicação industrial ou de outra natureza.

A motivação da solicitação desse acesso pelo Ifes foi a pesquisa coordenada pela professora Flávia Spago, do Campus Piúma, que tem o título “Prospecção de micro-organismos produtores de antimicrobianos e sua utilização na indústria de pescado”. O objetivo, segundo a professora, é procurar micro-organismos que estão no solo de áreas como manguezal e restinga, que sejam capazes de produzir substâncias antimicrobianas.

“A partir do momento que identificarmos esses micro-organismos, vamos testar se são capazes de produzir essas substâncias. Caso sejam, vamos tentar isolar os antimicrobianos no laboratório. A intenção é o uso na indústria alimentícia, no controle de bactérias como estafilococos e salmonela”, explica. Ela ainda destaca que, agora, o grupo tem autorização apenas para fazer a coleta de amostra. Posteriormente, outras autorizações terão de ser solicitadas, para dar continuidade ao trabalho em laboratório.

Outros pesquisadores do Instituto que desejarem acesso ao Patrimônio Genético deverão cadastrar seus projetos de pesquisa na Plataforma Carlos Chagas e obter a anuência do reitor – indicado como responsável legal da parte do Ifes pelos trabalhos. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail pesquisa@ifes.edu.br.

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