Servidores do Ifes realizam estudo para desenvolver cadeira de rodas controlada por sinais cerebrais
O projeto é vinculado ao Mestrado Profissional em Engenharia de Controle e Automação, do Campus Serra.
Professores do Campus Serra e do Campus Linhares, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), estão realizando estudos para o desenvolvimento de uma cadeira de rodas controlada por sinais cerebrais. O responsável pelo projeto é o professor Richard Junior Manuel Godinez, do Mestrado Profissional em Engenharia de Controle e Automação, do Campus Serra. Já o professor de Linhares, Luiz Soneghet Nascimento, que também é aluno do mestrado, participa do estudo, iniciado em janeiro deste ano, com previsão de 24 meses de duração.
A iniciativa conta ainda com colaboração de Teodiano Freire Bastos, professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O objetivo é criar um sistema eletrônico de baixo custo para a aquisição e processamento de sinais cerebrais, permitindo que pessoas que tenham perdido a capacidade de se locomover possam se movimentar e também se comunicar.
De acordo com Richard, essa movimentação é feita por meio de uma interface cérebro-computador para o controle de uma cadeira de rodas robotizada. Em muitos outros lugares no mundo, sistemas semelhantes já foram desenvolvido, mas o diferencial desta pesquisa é tentar utilizar a menor quantidade possível de eletrodos para a aquisição de sinais cerebrais que possam garantir uma melhor experiência e conforto para o usuário.
“O sistema pretende beneficiar pessoas que não possuem muitas condições financeiras e também instituições que promovem a inclusão, justamente por ser de baixo custo”, destacou. Entre os possíveis beneficiados estão pessoas com deficiências motoras ocasionadas por AVC, poliomielite, esclerose lateral amiotrófica (ELA), múltipla esclerose e síndrome de Gillain-Barré.
O projeto recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), por meio do edital do Programa Primeiros Projetos (PPP), lançado em agosto do ano passado. O aporte financeiro foi de R$ 19.450.
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