Bioeconomia é tema de discussões do primeiro dia Jornada de Integração do Ifes
Estudantes dos campi das regiões Norte, Noroeste e da Grande Vitória se encontraram em Alegre nesta terça-feira (22).
Estudantes e servidores de 12 campi do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), todos das regiões Norte, Noroeste e da Grande Vitória, participaram nesta terça-feira (22) do primeiro dia da III Jornada de Integração da instituição, que acontece no Campus de Alegre até esta terça-feira (23). A abertura do evento trouxe apresentações sobre bioeconomia, tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2019.
Participaram do evento o reitor do Ifes, Jadir Pela; a diretora-geral do Campus de Alegre, Maria Valdete Santos Tannure; pró-reitores e outros gestores da instituição. Para o reitor o alinhamento com o tema é fundamental. “Começou esta semana a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, os estados e municípios também fazem ações, e nós estamos colaborando para a discussão sobre o assunto em um evento que também é aberto à comunidade”, comentou.
Maria Valdete recepcionou os presentes e destacou a importância de eventos como esse para reforçar os laços de pertencimento. “Sejam muito bem-vindos! Integrar é isso, precisamos nos sentir valorizados e motivados para conquistar novos resultados para a sociedade. Este campus existe por vocês e para todos”, afirmou.
Mesa-redonda e palestra
Após as falas das autoridades, os participantes assistiram às apresentações do professor do Campus Santa Teresa, Adriando Goldner Costa; da pedagoga da Assessoria de Assuntos Estudantis da Proen, Ignêz Brígida de Oliveira Pina; e do astrônomo da URFJ, Thiago Signorini Gonçalves. A mesa-redonda foi mediada pelo pró-reitor de Desenvolvimento Institucional, Luciano Toledo.
A bioeconomia é um modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos, com o objetivo de oferecer soluções para a sustentabilidade dos sistemas de produção, com vistas à substituição de recursos fósseis e não renováveis. Adriano falou aos participantes sobre as possibilidades de utilização econômicas das microalgas em diversos tipos de mercados, como o de biofertilizantes, nutrição animal e humana, indústria nutracêutica, entre outros. O pesquisador também apresentou as potencialidades do Espírito Santo na área.
Complementando a discussão, Ignêz apresentou sobre a Agenda 2030, da ONU, que coloca a educação de qualidade como um dos objetivos de desenvolvimento sustável. “Educação de qualidade significar ser inclusiva e equitativa. Significa não deixar ninguém pra trás. Promover a igualdade nem sempre é suficiente. Nosso desafio é garantir a equidade para todos, repensar nossos processos e nossa atuação enquanto instituição”, afirmou.
O astrônomo Thiago concentrou sua fala em questões sobre divulgação científica e nos investimentos na área. “É preciso mostrar o impacto da pesquisa na vida das pessoas e as políticas públicas precisam ser baseadas em evidências da ciência. Sem ciência não existe crescimento nem desenvolvimento sustentável”, comentou.
Para encerrar o evento, o pesquisador Silvério de Paiva Freitas fez uma palestra específica sobre a bioeconomia, com dados econômicos, sociais e sobre o mercado de trabalho. “A nossa economia segue um modelo predatório, onde reina o desperdício. A fome que existe no mundo, por exemplo, não é por falta de comida e sim por problemas na distribuição do alimento. Precisamos da ciência, da tecnologia e da inovação porque a demanda vai aumentar 60% até 2050”, alertou.
Neste primeiro dia, participaram do evento os campi São Mateus, Nova Venécia, Barra de São Francisco, Montanha, Vitoria, Guarapari, Serra, Vila Velha, Cariacica, Viana, Itapina, Colatina, além do Polo de Inovação e do Cefor.
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