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Pesquisa de servidora do Ifes ganha Prêmio Inventor da Petrobras

Publicado: Terça, 10 de Maio de 2022, 17h54 | Última atualização em Quarta, 11 de Maio de 2022, 14h06

Trabalho foi desenvolvido em tese de doutorado de servidora do Ifes e em parceria com Ufes e Petrobras.

A pesquisa “Método de isolamento de ácidos ARN a partir de depósitos de naftenatos”, fruto da tese de doutorado da professora Eliane Valéria de Barros, do Ifes Campus Vitória, recebeu o Prêmio Inventor 2021 da Petrobras. A premiação reconhece os trabalhos inovadores que resultam em depósitos de patentes. O projeto foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQUI) da Ufes e contou ainda com a participação de pesquisadores da universidade, do Ifes e da Petrobras.

O estudo é o mesmo que já havia ficado entre os dez escolhidos por uma comissão interna da empresa como destaque dentre as cerca de 90 patentes depositadas no ano de 2020 pela Petrobras, juntamente com seus parceiros. A pesquisa está em processo de registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com depósito de patente já realizado.

Os inventores do método trabalham no experimento em escala laboratorial neste momento. O tempo previsto para que o produto ganhe escala industrial é de um a dois anos. Para isso, a estimativa de valores para financiamento das pesquisas e desenvolvimento da tecnologia é de aproximadamente R$ 1 milhão, considerando reagentes, equipamentos e equipe técnica.

Método

O método pesquisado durante o doutorado da professora Eliane consiste na transformação de resíduos de sais que se acumulam na produção do petróleo em ácidos naftênicos tetrapróticos (ácidos ARN), um produto com grande valor comercial para utilização na indústria petrolífera.

Segundo Wanderson Romão, diretor de Pesquisa do Ifes e professor do Instituto e do PPGQUI, na separação do óleo é formado esse sal que acaba se depositando e obstruindo o duto, interrompendo o processo de produção de petróleo. “Esse método isola as moléculas, purifica, e transforma o sal em ácido. Isolados, esses ácidos passam a ser interessantes, pois ajudam a entender melhor o processo de emulsão e corrosão, além de poderem ser usados em reações químicas”, afirma.

A obtenção de ácidos ARN a partir de depósitos de naftenatos traz vantagens no reaproveitamento de resíduos e na redução de danos ambientais. O método visa agregar valor a materiais inservíveis do processo de produção e exploração de petróleo. A estimativa é que 10 gramas do produto possam ser comercializados por valores entre 3 mil e 4 mil reais.

Conheça quem são os inventores do método:

• Álvaro Cunha Neto, professor do PPGQUI/Ufes;

• Cristina Maria Sad, doutora em Química e servidora técnica da Ufes;

• Eliane de Barros, professora do Ifes e doutoranda em Química/Ufes;

• Eustáquio de Castro, professor do PPGQUI/Ufes;

• Juliana Bertelli, mestre em química/Petrobrás;

• Luiz Chinelatto, doutor em química/Petrobrás;

• Paulo Roberto Filgueiras, professor do PPGQUI/Ufes;

• Rogério Carvalho, doutor em química/Petrobras;

• Valdemar Lacerda Jr., professor do PPGQUI/Ufes; e

• Wanderson Romão, professor do Ifes e do PPGQUI/Ufes.


*Com informações da Assessoria da Ufes (Texto: Sueli de Freitas. Edição: Thereza Marinho)

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