Alunas do Ifes contam sobre a vivência em universidades dos Estados Unidos e do Canadá pelo programa Ciência sem Fronteiras
Rayza Rosa Tavares, estudante do curso de Licenciatura em Química, foi selecionada para a Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.
Rayza Rosa Tavares, estudante do curso de Licenciatura em Química do campus Vila Velha, foi selecionada para a Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos. Ela sempre quis estudar fora do Brasil e conta que, sem uma bolsa de estudos, provavelmente, não conseguiria, já que tanto o custo de uma universidade quanto os custos de vida são muito elevados.
Na maioria dos editais, o candidato escolhe somente o país e depois é selecionado para alguma universidade. No caso de Rayza, ela já havia sido selecionada para uma instituição canadense e sua ida já estava certa quando foi selecionada para Berkeley. “Passei então a me informar melhor e percebi que estava sendo chamada para estudar em universidade com ensino e pesquisa mundialmente reconhecidos”. Para ela, é muito gratificante estar em uma das melhores universidades do mundo e, especialmente, em uma muito importante na área de Química. E já possui planos quando terminar o intercâmbio. “Espero poder contribuir com o que aprender aqui para a melhoria do Brasil, especialmente no Espírito Santo”, afirma.
No entanto, assim como outros estudantes que participam do Programa Ciências sem Fronteiras, ela também passou por alguns percalços para viajar. “Por ser um programa novo, ainda há muito o que ajustar. Há muita burocracia e pouca informação e apoio, então a persistência e a paciência são virtudes necessárias para alcançar o objetivo”, disse.
Ela explica que para estudar em uma universidade americana é necessário fazer uma prova de proficiência em inglês, que não era oferecida no Espírito Santo. “Viajei para outro estado por minha conta e sem qualquer garantia de que se caso meu resultado fosse bom eu conquistaria a bolsa”, conta.
Rayza mora em um dormitório bem próximo à universidade com outros nove brasileiros de todo o canto do país, o que, segundo ela, tem facilitado muito a sua adaptação. Para os interessados em participar do Ciência sem Fronteiras, ela deixa um recado: “não é fácil, muito menos rápido chegar ao objetivo! E, depois que se chega ao destino, continua não sendo fácil. A cada dia um obstáculo novo, problemas diferentes para superar. Só que, apesar de qualquer coisa, é uma oportunidade fantástica e são muitas coisas a conhecer e aprender!”
Já Carla Danielle Oliveira Costa, aluna do curso superior de Tecnologia em Redes de Computadores do campus Serra, vive agora em Toronto, no Canadá. “A expectativa era enorme antes da minha chegada, principalmente porque eu nunca havia saído do Brasil, mas desde o primeiro momento tem sido uma experiência maravilhosa. A cidade é linda e de uma infraestrutura incrível, é tudo muito bem organizado e as pessoas são extremamente educadas”, conta.
Carla estuda no Seneca College e vive em residência estudantil com outra estudante brasileira. Sobre a experiência de viver em outro país, ela afirma que, apesar de algumas dificuldades, está sendo uma vivência valiosa. “A experiência de conhecer e viver em outro país tem acrescentado muito para minha vida não só academicamente mas pessoalmente, com os desafios do dia a dia, com as coisas que tenho que me virar sozinha, e está sendo maravilhoso e o aprendizado vai além das salas de aula, é uma experiência de vida também”.
Ela destacou ainda a importância dessa experiência para o seu futuro. “Certamente tudo isso vai me trazer um crescimento tanto pessoal quanto profissional, pessoal porque serei uma pessoa que saberei lidar com qualquer desafio, e profissional pelo conhecimento acadêmico e de outra língua, o inglês”.
Confira, na próxima semana, mais uma notícia sobre a experiência que o programa Ciência sem Fronteiras tem proporcionado aos alunos do Ifes.
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