Palestra sobre cenários abre reunião dos comitês do Planejamento Estratégico
Nesta etapa, os membros dos Comitês Locais de Planejamento participarão da Oficina SWOT e Modelo Institucional.
Os membros das Comissões Locais de Planejamento Estratégico do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes iniciaram na terça-feira (26) a Oficina SWOT e Modelo Institucional. Esta etapa de construção do planejamento teve três dias de trabalho: o primeiro foi realizado no auditório do campus Cariacica e os dois últimos (27 e 28) aconteceram no Cerimonial Steffen, na Serra.
A proposta é que os cerca de 210 membros das comissões (dos 20 campi do Instituto e Reitoria) entreguem, ao final do evento, o Modelo Institucional Canvas, a Matriz SWOT e a definição dos grandes desafios estratégicos do Ifes. O Modelo Canvas é uma ferramenta de gerenciamento que consiste de um mapa visual, contendo os principais itens que constituem uma instituição e sua estratégia.
A Matriz SWOT – sigla, em inglês, para forças, fraquezas, oportunidades e ameaças – é um inventário dos pontos fortes e fracos internos da organização, feito em conjunto com uma análise das ameaças e oportunidades que estão ao seu redor. Com isso, são delineados os grandes desafios do Instituto.
Para ajudar nos trabalhos, a primeira atividade para os membros dos comitês foi uma palestra com Orlando Caliman, diretor técnico da Futura e vice-presidente da ONG Espírito Santo em Ação, sobre os cenários mundial, nacional e local. Na abertura do dia, o diretor de Planejamento do Ifes, Roquemar Baldam, deu as boas-vindas aos presentes e ressaltou a importância da palestra para subsidiar as atividades propostas. Ele lembrou ainda que a instituição deve se conhecer para planejar.
Em seguida, o reitor do Ifes, Denio Rebello Arantes, agradeceu o esforço dos servidores para comparecerem ao evento, apesar das fortes chuvas que atingiram toda a Grande Vitória na terça-feira. Ele lembrou que o planejamento está sendo feito de forma colaborativa e que é preciso paciência e boa vontade para chegar a um plano que represente a vontade de todos. “Vemos aqui que todos estão dispostos a trabalhar pela nossa instituição”, destacou. “Precisamos escolher o cenário mais correto possível para trabalharmos, para conseguirmos cumprir bem o nosso papel social nos próximos anos”, apontou.
Em sua palestra, Caliman apontou os principais fatos e tendências da economia e demografia em nível internacional, nacional e para o Espírito Santo. Ele lembrou que a população mundial está envelhecendo, mas que o Brasil está caminhando para um período de “bônus demográfico”, em que a maior parte da população estará em idade produtiva – a previsão, segundo ele, é de que em 2030 cerca de 69% dos brasileiros tenha entre 15 e 64 anos.
Alguns dos pontos frisados por Caliman como especialmente relevantes para o planejamento do Ifes foram: o fato de que os Estados Unidos devem sair da crise econômica em um novo paradigma tecnológico e de inovação, puxando os outros países, no nível internacional; e, no nível nacional, o desafio encarado hoje pelo Brasil e sair da “armadilha da renda média”, dando um salto qualitativo para fazer com que o crescimento seja alimentado por rendimentos ascendentes, inclusive do salário dos trabalhadores, que devem mover-se dos postos de menor qualificação e valorização para os de maior.
Localmente, ele destacou que, apesar de o produto interno bruto (PIB) do Espírito Santo superar o nacional, a maior parte dele fica concentrada na Região Metropolitana (63,2%). Caliman destacou que há vários investimentos anunciados para o Estado até 2017 e que há de se criar condições para fazer com que eles sejam oportunidades de desenvolvimento para as regiões onde estarão instalados.
Como cenários possíveis para o Estado, ele apresentou os seguintes: “Avançar com Inovação”, promovendo o desenvolvimento sustentável, na perspectiva positiva; “Reproduzir com Crescimento”, dando continuidade ao que vem sendo feito, com pouca diversificação, num cenário neutro; e “Retroceder com Desigualdade”, na perspectiva mais pessimista.
Para concretizar-se o primeiro, Caliman apontou, entre outros fatores, a necessidade de articulação sistêmica nos processos de inovação tecnológica e também a formação de capital humano avançado.
Para Bruno Viotti, da GDconsult, empresa que auxilia o Ifes no processo de planejamento, a análise desses panoramas ajudam a direcionar a construção da estratégia do Instituto. “Dado o cenário, vamos avaliar de que forma o Planejamento Estratégico pode aproveitar as oportunidades e se posicionar quanto aos desafios”, comentou.
Outras etapas
Os próximos passos do planejamento são: Criação de Cenários; Encontros com a Comunidade; Oficina Mapa Estratégico e Modelo Institucional Futuro; Oficina Indicadores e Metas Estratégicas; Oficina Metodologia Gestão de Projetos; Oficina Ideias de Projetos; Oficina Modelo de Governança; Oficina de Balanceamento do Portfólio de Projetos; Divulgação do Planejamento aos Comitês; Divulgação do Planejamento aos Campi.
A fase de Encontros com a Comunidade começa já na sexta-feira, nos campi Santa Teresa e Venda Nova do Imigrante. E já está em andamento, até o dia 2 de dezembro, a Pesquisa de Clima, que pode ser respondida diretamente por todos os estudantes, servidores técnicos administrativos e professores do Ifes. O formulário está on-line e há um questionário específico para cada uma dessas categorias.
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