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Estudo de professores do Ifes propõe nova possibilidade de remédio para controlar o Alzheimer

Publicado: Segunda, 17 de Agosto de 2015, 13h23 | Última atualização em Terça, 18 de Agosto de 2015, 16h11

Molécula desenvolvida por dois docentes de Vila Velha, em conjunto com pesquisador do IME, poderia ser usada em medicação mais eficiente e menos tóxica para tratar a doença.

Dois professores do Campus Vila Velha, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), junto com um pesquisador do Instituto Militar de Engenharia (IME), desenvolveram uma molécula com potencial para ser usada em um novo medicamento para tratar a Doença de Alzheimer. O trabalho dos professores do Ifes Arlan da Silva Gonçalves e Osmair Vital de Oliveira, e do major Tanos Celmar Costa França, do IME, foi publicado no “Journal of Biomolecular Structure and Dynamics”.

Os pesquisadores utilizaram o computador para fazer simulações – usando a técnica de dinâmica molecular – e chegar ao modelo exposto no trabalho. Baseando-se em fulerenos, que são moléculas compostas pelo átomo de carbono, foi proposta uma nova molécula que seria menos tóxica e mais eficaz em medicamentos para o tratamento da doença, explicou o professor Arlan.

O mecanismo de ação seria semelhante a de outros remédios no mercado. “A gente testou numa enzima que já é estudada como alvo molecular, a acetilcolinesterase. Essa enzima controla os impulsos nervosos”, contou Arlan. “Quando a pessoa tem Alzheimer, há um déficit na transmissão dos impulsos nervosos, por isso, inibir essa enzima aumenta a transmissão, o que ajudaria a melhorar a memória.”

O professor destaca que há ainda um longo caminho a percorrer até que a nova medicação possa ser desenvolvida, mas espera publicação do trabalho ajude na continuidade e aprofundamento das pesquisas. “A publicação possibilita a leitura por outros grupos de pesquisa. Especialistas em síntese podem contribuir para testarmos a molécula”, destacou.

Acesse o trabalho “Computational studies of acetylcholinesterase complexed with fullerene derivatives: A new insight for Alzheimer disease treatment”.

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