Aluna do Ifes é aprovada em sete das mais famosas universidades americanas
Carolina Guimarães, que concluiu o curso Técnico em Eletrotécnica no Campus Vitória, foi admitida em faculdades tradicionais como Yale, Columbia e Cornell.
Yale, Columbia, Universidade da Pensilvânia, Cornell, New York University, Amherst e Emory University. Estudar em uma dessas instituições, que estão entre as mais prestigiadas universidades dos EUA e do mundo, pode parecer um sonho para qualquer estudante, mas é justamente o que está se tornando realidade para a aluna Carolina Lima Guimarães, do Campus Vitória, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Ela garantiu sua vaga em cada uma delas e agora vai escolher onde estudará, a partir de agosto.
“Fiquei muito feliz quando soube da aprovação, mas ainda não sei para qual delas eu vou”, contou a jovem de 19 anos, que se formou no Curso Técnico em Eletrotécnica no início deste ano. Apesar da indecisão, duas universidades estão liderando a preferência da estudante: Columbia e Yale. “Tenho que ver também o que é melhor para a área que quero estudar. Penso em algo como Matemática e Ciência da Computação”, afirma, lembrando que no formato de graduação americano o aluno não escolhe de cara a sua formação final.
Tanto Columbia quanto Yale – bem como Cornell e Universidade da Pensilvânia, que também aprovaram Carol – fazem parte da chamada Ivy League (em tradução literal, Liga de Hera), um grupo de oito universidades do Nordeste dos EUA constituído pelas instituições americanas de maior prestígio científico no mundo, que são sinônimo de excelência acadêmica. Entre os ex-alunos da Ivy League, estão ganhadores do Prêmio Nobel, ex-presidentes, atores de Hollywood.
A estudante conta que o próprio processo de inscrição nas faculdades americanas já é bastante exigente, consistindo basicamente na apresentação de uma “candidatura”. “A gente tem que fazer algumas provas gerais, tipo o Enem. Essa é a parte mais parecida com o vestibular. Mas também tem que apresentar cartas de recomendação de professores, textos de apresentação sobre quem você é, histórico escolar”, relata.
As universidades levam em consideração não apenas as notas dos alunos, mas também prêmios que já receberam, atividades extraclasse e interesses. “Eles analisam o perfil. Acreditam que a universidade tem uma identidade e querem encontrar pessoas que se encaixem nesse contexto.”
Com o espaço já conquistado nas sete universidades, ela agora é quem analisa as perspectivas. Para ajudar no processo de escolha, Carolina viaja na próxima semana para participar de eventos nas instituições. “Eles recebem os alunos aprovados e têm uma programação com várias atividades. Vou ver em qual me sinto melhor, qual é mais divertida”, explica.
Dobradinha
Outra faculdade que faz parte da Ivy League é Harvard, onde já estuda Gabriel Lima Guimarães, irmão de Carolina e também ex-aluno do Campus Vitória. “Nós sabíamos desde que ela começou a estudar no campus que ela ia fazer faculdade fora. É uma coisa que ela combinava com o irmão”, comenta o diretor do Campus Vitória, Ricardo Paiva.
Edgard Guimarães, pai de Carolina e Gabriel, conta que é uma alegria que se repete. “São universidades muito importantes. É uma emoção grande receber agora essa notícia, pois é o resultado de um trabalho longo, de muitos anos”, comenta. Ele destaca o esforço da filha para chegar a este momento. “Na escola ela sempre teve excelentes notas, foi muito aplicada e não se limitava às coisas da aula”, apontou.
Para Edgard, as conquistas mostram que o caminho está aberto para os estudantes do Ifes que sonham em estudar em faculdades no exterior. “Na época que o Gabriel entrou em Harvard, em 2011, ficamos muito surpresos. Até aquele momento a gente não tinha noção de que era possível, tínhamos dúvidas de todo tipo. Hoje sabemos que, embora seja difícil, é possível. Os mitos foram quebrados”, afirma. Ele acredita que isso também é um indicador da qualidade do Ifes e um estímulo para a comunidade acadêmica
O diretor, Ricardo Paiva, concorda. “Nós vimos que a nossa instituição, o ensino que temos hoje, dá condição para o aluno estudar fora do País.” Ele acredita que essa é a conclusão perfeita para a trajetória da estudante no Ifes. “Nós destacamos a iniciativa que ela teve, a meta que ela traçou de estudar fora. Ela colocou isso e a instituição apoiou, nossos servidores técnicos e os professores também se envolveram. Então é muito gratificante para nossa instituição, uma alegria muito grande, ver esse resultado”, comemorou.
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