Acervo de quase 6 mil peças conta história do Ifes e da Educação
Material está sob os cuidados do projeto Memória e Identidade do Instituto, que pretende digitalizá-lo para garantir melhor acesso e conservação.
Um acervo com 5.938 itens que contam a história do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – e da própria Educação no Estado e no País – está sendo catalogado, descrito e tratado pelo projeto Memória e Identidade do Ifes. O projeto é uma das iniciativas previstas pelo Planejamento Estratégico da instituição e tem o objetivo de preservar e disponibilizar para consulta as peças e documentos históricos, guardadas atualmente numa das salas da Biblioteca do Campus Vitória.
A comissão responsável pelo projeto é formada pelas servidoras Janda Tamara (arquivista), Gabriela Cassa (bibliotecária) e Norma Pignaton (bibliotecária). Entre as peças históricas guardadas pelo projeto está a ata de inauguração da Escola de Aprendizes e Artífices do Espírito Santo – fundada em 1909, no governo de Nilo Peçanha, destinada ao ensino profissional primário e gratuito.
A escola é a mais antiga entre as que deram origem ao atual instituto, passando por várias fases e nomenclaturas (como ETV, ETFES e Cefetes) até se juntar com as escolas agrotécnicas federais de Alegre, Colatina e Santa Teresa para formar a estrutura que viria a ser o Ifes.
No acervo também existem peças como o convite de formandos da Escola Técnica de Vitória (ETV), antigo Liceu Industrial, responsável por oferecer cursos de artes de couro, alfaiataria, marcenaria, serralheria, mecânica de máquinas, tipografia e encadernação; além de jornaizinhos da antiga Escola Técnica Federal do Espírito Santo (ETFES), exames de alunos, fotos e fitas VHS, com vídeos de apresentação de alunos, comemorações e instalação de cursos.
Para Janda, todo esse material é muito importante para a história do Ifes e a iniciativa precisa de apoio. “A memória produz e reproduz conhecimento, e nós temos um acervo muito rico em conteúdo e suporte”, comenta.
Até o momento, a proposta só tem trabalhado com os itens que já estão tratados e digitalizados, num processo de descrição do material. Mas a intenção é que todo os itens do acervo passem por todas essas fases. A digitalização é a primeira etapa desse processo de disponibilizar sem deteriorar esse patrimônio. Depois serão feitas as descrições técnicas, com o objetivo de padronizar a organicidade desses itens, para que se facilite a busca e a criação de um banco de dados.
O projeto já possui parte das ferramentas necessárias para seu o desenvolvimento, como a mesa de higienização, mas ainda espera adquirir programas que permitem a descrição e armazenamento desses itens. A expectativa é que, até o final do ano, os documentos, fotos e vídeos já digitalizados estejam descritos e disponibilizados para pesquisa.
Para a arquivista, a concretização desse projeto traz grandes expectativas para toda a equipe e para o instituto. “Esse projeto conta a história de todo mundo que passou por aqui, por isso é tão importante para a memória do Ifes. Além disso, eu espero que a partir dele seja possível criar a ideia da preservação e da necessidade da memória, desde a criação do documento”, aponta.
Ela lembra que se algum servidor, aluno ou ex-aluno tiver algum material que julgue ser relevante para a construção da memória do Ifes, pode entrar em contato com a comissão responsável pelo telefone 3331-2146.
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