Campus Aracruz sedia a 4ª Simulação de Geopolítica do Ifes
Cerca de 300 pessoas participaram do evento, que simula ambiente diplomático internacional para ajudar na compreensão de questões geopolíticas.
Nos dias 19 e 20 de agosto, cerca de 300 pessoas, incluindo estudantes, docentes e técnicos administrativos, se reuniram no Campus Aracruz, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), para a quarta edição da Simulação de Geopolítica do Ifes (SiGI). O evento tem como objetivo simular um ambiente diplomático internacional, a fim de auxiliar os estudantes na compreensão de questões geopolíticas mundiais, como conflitos étnico-culturais, econômicos e sociais, e na elaboração de propostas para tais discussões.
Participaram da SiGI alunos de escolas de todo o Estado, como dos campi Aracruz, Colatina, Vitória e Cachoeiro, do Ifes; do Colégio Marista; do Colégio Contec; do Radier; da Escola Misael Pinto Neto; do Colégio Santa Catarina; e da Escola Hilda Miranda. Durante a atividade, os jovens foram divididos em sete comitês para discutir temas específicos, simulando reuniões em diversos tempos (passado, presente ou futuro), que poderiam ser realizadas dentro da Organização das Nações Unidas (ONU) e seus órgãos. Eles precisaram elaborar argumentos e proposições para o debate. O evento ainda contou com um comitê de cobertura jornalística chamado O Diplomata.
Nesta edição, que teve um número recorde de comitês, foram simuladas as seguintes reuniões e temas: Organização Pan-Americana da Saúde 2016, com o tema “Epidemia do Zika Vírus”; Assembleia Geral da ONU 2016, com a “Reestruturação do Conselho de Segurança”; Conselho de Segurança da ONU 1970, “Guerra do Vietnã”; Assembleia Geral 2066, “Recursos Mundiais”; Programa da ONU para o Meio Ambiente 2016, “Desperdício de Alimentos”; Conselho de Reunificação das Coreias 2033, “Reunificação da Península Coreana”; além do Senado Imperial Brasileiro 1888, acerca da “Lei Áurea”.
Os destaques deste ano foram o comitê Senado Imperial Brasileiro (SIB), que abordou a questão da discussão da Lei Áurea, levando os delegados a uma volta ao passado do Brasil; e o comitê de Crise e Intervenção, que orientou as manifestações externas nos comitês, possibilitando a construção de situações críticas e visando, consequentemente, à busca de soluções objetivas, por meio de propostas resolutivas para estes momentos cruciais, por parte dos delegados.
De acordo com João Victor Correa, secretário-geral desta edição, a SiGI é um projeto de ensino com duas características muito peculiares. “A primeira delas é que foi projetada para os próprios alunos a produzirem, então a carga de responsabilidade somada com a carga de felicidade no final do projeto amadurece e ensina muito todos os envolvidos. A segunda delas é o principal legado, que é a capacidade de liderança e argumentação passada aos delegados convidados, que aprendem que têm o poder de mudar o mundo, e que é apenas necessário estudo, dedicação e pessoas em que possam confiar”, afirma João Victor.
Abertura
No dia 18 de agosto, no auditório do Campus Vitória, foi feita a abertura da quarta edição da SiGI. Estiveram presentes o pró-reitor de Extensão do Ifes, Renato Tannure, como representante do reitor; os diretores do Campus Aracruz Hermes Vazzoler Júnior (geral), André Romero (Ensino), Vinícius Guilherme Celante (Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão); os coordenadores do projeto, Helder Januário da Silva Gomes (campus Vitória), Thalismar Mathias Gonçalves e Tiago Camilo, que exercem o mesmo papel no campus Aracruz; a servidora Kenya Locatelli, Relações Públicas do campus, além dos alunos e professores das escolas participantes.
A palestra de abertura foi realizada pelo Professor Márcio José Mendonça e abordou a temática de “Militarização e Geopolítica no cotidiano”, reforçando a importância de iniciativas como a SiGI no contexto atual para a formação de estudantes.
O Diplomata
Além dos comitês temáticos, a SiGI contou, pelo segundo ano consecutivo, com a presença do comitê de imprensa, que mantém o veículo oficial de cobertura jornalística do evento: O Diplomata. Criado em 2015, o comitê apresenta uma abordagem diferente dos demais. Representando jornalistas e sob o assessoramento dos voluntários e diretores da imprensa, os alunos são divididos em duplas, da mesma escola, e têm de acompanhar os acontecimentos nos demais comitês. Ao final do dia, redigem reportagens que são anexadas e dão corpo ao jornal “O DIPLOMATA”, que também possui página no Facebook e Instagram.
Redes Sociais