Dissertação de servidor do Ifes recebe prêmio da Associação Brasileira de Recursos Humanos

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A dissertação “Vozes não ouvidas? Compreendendo como empregados gays coconstroem um clima de voz/silêncio nas organizações”, do servidor técnico-administrativo Alciares Mello dos Santos, foi o trabalho vencedor da categoria acadêmica do Prêmio Ser Humano 2016, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). A premiação, que está na sua 13ª edição, aconteceu no dia 30 de novembro, no auditório da Rede Gazeta, em Vitória.

O trabalho foi desenvolvido pelo servidor no Mestrado em Administração da Fucape, que contou com uma turma exclusiva para técnicos administrativos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), viabilizada por meio de convênio. A orientação foi feita pelo professor Bruno Félix, da Fucape. O objetivo da pesquisa era compreender qual o papel desses indivíduos na construção de cenários que favoreçam ou inibam a sua voz enquanto empregados. O resultado do projeto forneceu um modelo teórico construído a partir dos dados, reconhecido como Grounded Theory (teoria indutiva baseada na análise sistemática dos dados).

Além do Prêmio Ser Humano, o trabalho foi aprovado no “Journal of Human Resource Management”, e também no Congresso da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Enanpad) 2016. A oportunidade de submissão do projeto surgiu a partir da iniciativa proposta pelo Ifes, que promove e incentiva seus técnicos administrativos, por meio de parcerias com instituições de ensino e pesquisa como a Fucape, a fazerem pós graduações e especializações.

Para o servidor, ter seu trabalho reconhecido por grandes instituições é motivo de honra e orgulho, mais do que isso, reforça uma responsabilidade dos pesquisadores da área em produzir conteúdo relevante academicamente. “Ser reconhecido aqui dentro, no nosso País, no nosso Estado, precisa ser o primeiro passo, não é? Se nós temos essa responsabilidade de promover essas provocações na vida das pessoas, que nosso alcance comece aqui, com os nossos pares, na sociedade na qual vivemos e modificamos e pela qual somos também modificados diuturnamente”, comentou.