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Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: conheça a história de alguns alunos do Ifes

Publicado: Segunda, 18 de Setembro de 2017, 10h25 | Última atualização em Segunda, 18 de Setembro de 2017, 16h29

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Superação do luto pela perda da visão

vitoria vandressa 01

Aos 16 anos, Vandressa Muniz de Almeida teve o nervo óptico afetado pela dengue e perdeu a visão. Muito abalada, ela conta que viveu um período de 10 anos de luto, em que se sentia excluída e incapaz. “No início, eu não aceitava a cegueira, mas com a ajuda de conhecidos e com mais informação passei a conhecer o Instituto Luiz Braille, onde tive a oportunidade de aprender a viver novamente, socialmente, porque antes era excluída da sociedade, não achava que seria capaz de nada”, relembra.

“No Instituto, aprendi que a pessoa com a deficiência, por meio das aulas de mobilidade, informática e braille, poderia ter uma vida normal mesmo com a deficiência. Pessoas conhecidas que já estavam no Ifes me incentivaram tentar o processo seletivo. No primeiro momento, não fui aprovada, mas hoje estou no curso Técnico em Segurança do Trabalho”, relatou.

No começo, ela achou que seria complicado acompanhar as aulas. “Achei que os professores teriam dificuldades em realizar as atividades adaptadas para mim, mas percebi a disposição deles em me atender. Agora no terceiro período percebo que os professores sabem lidar comigo e eu consigo ter mais autonomia na classe. Os professores sempre me procuram para saber qual a melhor forma de me ajudar e atender. No momento que precisa, o estagiário faz a descrição das imagens para mim, principalmente se tiver slides. Mas nas aulas teóricas tenho acesso por meio do programa NVDA, que é um leitor de arquivos”, relata.

Ela conta que recentemente o Napne realizou uma dinâmica em sala de aula para que os colegas entendessem como lidar com a pessoa que tem deficiência visual. “Foi um momento muito importante porque a partir daí passei a ter uma relação melhor com meus colegas. Hoje realizo as atividades em grupo normalmente. Foi uma ação muito importante!”, destaca.

Quando concluir o curso, ela pretende atuar na área da segurança do trabalho. “Algumas pessoas ficam em dúvida se uma pessoa cega pode atuar nessa área. Mas acredito que sim porque tem vários contextos de atuação. Por exemplo, na estatística na área da segurança”, aponta.

 

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