Representantes de todo o Ifes aprovam proposta que regulamenta os procedimentos da heteroidentificação na instituição
Documento foi validado no seminário “Diálogos Fundamentais”, realizado na última semana no Campus Cariacica.
Na sexta-feira (30), último dia do evento “Diálogos Fundamentais: Relações Étnico-raciais e a Heteroidentificação no Ifes”, servidores de todos os campi da instituição discutiram e aprovaram uma proposta de minuta de resolução e também o protocolo de heteroidentificação de pretos, pardos e indígenas em processos seletivos (vagas PPI). O documento ainda passará por apreciação no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), Colégio de Dirigentes e Conselho Superior do Ifes.
Os participantes do evento discutiram a minuta ponto a ponto, tiraram dúvidas e também participaram de uma oficina, em que o protocolo foi simulado. Ele já vem sendo utilizado no Ifes, em seleções de cursos de pós-graduação e em concursos públicos, e a previsão é que seja implementado nos processos seletivos de cursos técnicos para ingresso a partir do segundo semestre de 2020.
A pedagoga Ignêz Brigida de Oliveira Pina, da Pró-reitoria de Ensino (Proen), que conduziu a programação do último dia do evento, destacou dois aspectos do processo. “Operacionalmente é um protocolo simples de ser executado, mas requer muita responsabilidade das pessoas que ocuparão esses lugares nas bancas. É necessária uma análise técnica, séria, que não intimide nem constranja os candidatos. Nosso objetivo é garantir o direito do público-alvo do sistema de cotas e combater as fraudes. Por isso, vamos realizar outros treinamentos e obter mais segurança para implementa-lo”, afirmou.
Entenda como será o protocolo de verificação da autodeclaração
Após aprovado no processo seletivo, o estudante faz o requerimento de matrícula e entrega todos os documentos em envelope fechado, inclusive os documentos para comprovação dos critérios da reserva de vagas optada. A Comissão Local do Processo Seletivo analisa a documentação, identifica os que optaram pela reserva de vagas e envia para Comissão Local de Verificação da Autodeclaração, que convoca todos autodeclarados pretos e pardos para a entrevista.
A entrevista ocorrerá em local e horário definidos em edital, oportunidade na qual a comissão realizará, única e exclusivamente, a análise fenotípica do candidato, para fins de verificação dos critérios de ocupação da vaga PPI. As entrevistas serão gravadas.
A verificação dos autodeclarados indígenas será feita apenas de forma documental, sem entrevista.
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