Mesa-redonda do Conexões Ifes debate desafios das práticas ESG
Palestrantes destacaram a implementação de ações relacionadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
A tarde de programação simultânea desta quinta-feira (20), no evento Conexões Ifes 2024, organizado pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), contou com a mesa-redonda “Ambiental, Social e Governança - ESG: desafios para o Ifes”, que enfatizou a importância de abordagens institucionais para a sustentabilidade no Instituto.
Mediado pelo pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do Ifes, Luciano de Oliveira Toledo, o debate contou com a participação do diretor de Articulação e Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), professor Claudio Alex Jorge da Rocha, e do coordenador do Laboratório de Políticas Públicas e Desenvolvimento Local da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), professor César Albenes.
Cláudio Alex destacou as iniciativas da Rede Federal relacionadas ao cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda proposta pelos Estados Membros das Nações Unidas (ONU). “Sabemos que muitas das práticas que temos se relacionam com esses objetivos, mas essa sistematização é uma iniciativa relativamente recente, uma vez que boa parte da coordenação das ações em rede dos Institutos Federais teve problemas de continuidade no passado recente”, lembrou.
O diretor apresentou diversas iniciativas lideradas pelos Institutos Federais, como, por exemplo, a articulação para aquisição coletiva de mini usinas fotovoltaicas para todas as instituições da Rede pelo Instituto Federal Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas) e a implantação de fossas assépticas para as populações ribeirinhas no Estado do Pará, realizada por um projeto do Instituto Federal do Pará (IFPA).
Ainda sobre as ações, Claudio Alex destacou o e-book “Ações de Sustentabilidade na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica”, lançado pela Editora do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), e a Seleção de Projetos de Sustentabilidade na RFEPCT (Edital nº 11/2024), que está com inscrições abertas até o próximo dia 28 de junho e irá classificar ações dos Institutos Federais que se relacionam com os ODS para apresentação na COP-30, em novembro de 2025, em Belém-PA.
Já o professor César Albenes trouxe dados importantes sobre a participação das instituições capixabas no cumprimento da Agenda 2030, plano de ação global para a realização dos mesmos objetivos de sustentabilidade. “Já provocamos e conseguimos o engajamento do Governo do Estado, do Ministério Público Estadual (MPE), do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TC-ES), da Assembleia Legislativa (Ales), além da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes) e da Associação das Câmaras Municipais e de Vereadores do Espírito Santo (Ascamves)”.
Albenes lembrou que, embora alguns municípios da Grande Vitória tenham implementado observatórios para o monitoramento de ações relacionadas aos ODS, ainda há uma grande carência de envolvimento das gestões municipais do interior.
Papel do Ifes e iniciativas
César Albenes exortou os servidores e gestores do Ifes presentes a desenvolverem projetos para que a instituição possa contribuir com a formação dos servidores municipais nessas regiões. “Há uma demanda enorme por formação sobre o tema da sustentabilidade em geral na sociedade, mas precisamos falar especialmente dos servidores públicos dos municípios, das pastas destacadas para organizar esse cumprimento”, alertou.
Em seguida, os participantes puderam fazer intervenções e perguntas, levantando desafios e oportunidades sobre o tema. O diretor-geral do Campus Piúma, Marcelo Fanttini Polese, destacou o Projeto Integrador Economia Azul, que trabalha com a perspectiva de implantação de uma unidade do Ifes voltada para essa temática, em parceria com instituições como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), na foz do Rio Doce, em Linhares. “Temos essa obrigação, de estabelecer um Centro de Referência que possa contribuir com o desenvolvimento sustentável de territórios que foram atingidos pela tragédia de Mariana”, lembrou.
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