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Oportunidade, inclusão e representatividade marcam a 12° formatura da Corte de Lovelace

Publicado: Sexta, 12 de Julho de 2024, 10h08 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2024, 10h11

Solenidade recebeu mais de 140 estudantes que se formaram no curso de Programação e Robótica.

formatura lovelace geral

Estudantes de cinco municípios capixabas participaram da formatura do Projeto Corte de Lovelace, que oferta curso de Programação e Robótica para jovens em situação de vulnerabilidade social. A solenidade foi realizada nesta quinta-feira (11) na Cidade da Inovação do Ifes, em Jardim da Penha, e reuniu os 141 estudantes que terminaram o curso nos últimos meses.

A 12°segunda formatura contou com a presença de representantes da Secretaria de Educação (Sedu) e autoridades políticas como a secretária estadual das Mulheres, Jacqueline Moraes. “O Espírito Santo reduziu 33% na gravidez da adolescência”, revelou a secretária. E ainda que engravide, conta Jacqueline, o curso precisa incentivar jovens grávidas a não desistirem dos estudos.

O Coordenador Geral de Ações de Extensão do Ifes, Célio Maioli, celebrou o momento ao lembrar que o sucesso deste projeto representa a transformação social de muitas jovens. “A Corte é um dos projetos mais bem sucedidos que temos. E o sucesso não está apenas nas parcerias que estabelecemos com setores públicos e privados, mas na experiência que o projeto deixa na vida de cada participante”, destaca.

“Cada formatura é única e a emoção é diferente”, conta Márcia Gonçalves, coordenadora do projeto. O evento reuniu estudantes de cinco municípios: Nova Venécia, Cariacica, Anchieta, Ibiraçu e Linhares. Até o final do ano, Márcia estima que a Corte de Lovelace estará presente em ao menos 20 municípios capixabas.

Além da tradicional entrega de certificado, a solenidade também contou com palestra e apresentações culturais.

Perspectiva
Emilly Rodrigues, de 14 anos, soube em sua escola, a Emef Stanislaw Zucoloto, em Nova Venécia, que existia um espaço em que meninas da idade dela poderiam aprender Programação e Robótica. “De início, eu me interesso, mas confesso que não tinha grandes expectativas”, admitiu a jovem do nono ano.

formatura lovelace emilly

Ela esperava que o curso fosse mais do mesmo. “Eu achei que ia ser um curso chato, imaginei que a gente ia ficar sentado em frente a um computador, mas foi completamente ao contrário”, revela. Emilly viu na Corte de Lovelace um norte profissional, agora, a jovem pensa em estudar um curso técnico para aprofundar seus conhecimentos de programação.

Representatividade
Laiane Torres, tem 17 anos,e tal como Emilly, descobriu o projeto através da escola em que está matriculada, na cidade de Cariacica. Desde mais cedo, Laiane descobriu a paixão por Programação depois de fazer um curso introdutório na área e até chegou a desenvolver alguns projetos amadores a partir do conhecimento que tinha. “O curso da Lovelace me ajudou mais ainda porque foi algo mais detalhado e que me ajudou a entender e conhecer mais a área”, completa. E se antes tinha certeza, Laiane agora carrega a convicção de que esta é a profissão que deseja seguir. A capixaba acredita que o projeto viabilizou que mais meninas e mulheres, como ela, pudessem estar numa área em que popularmente é desempenhada por homens.

formatura lovelace laiane

“Se nos derem oportunidade, a gente tem capacidade de fazer igual ou melhor”, garante Laiane enquanto passa a mão sobre a barriga. É que Laiane está grávida de quase oito meses. E mesmo grávida ela manteve os estudos tanto na escola quanto na programação. Foi para meninas como Laiane, que a Corte nasceu, só que o projeto cresceu e hoje a família real - no caso, os estudantes -, é bem maior e alcança meninas e meninos.

Inclusão
Hoje, Ana Clara Leite, é professora e mestranda do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), mas ela já foi aluna da Corte. Só que com uma peculiaridade, Ana é uma pessoa surda, mas isso não foi empecilho algum para que ela estudasse programação. E o curso, segundo ela, conta com uma proposta não só de representatividade para mulheres, mas de inclusão para pessoas com deficiência auditiva. “Eu tive muita dificuldade no início, o tempo de curso pra mim foi diferenciado, mas consegui terminar. Tenho certeza que esse projeto vai se expandir para alcançar outros públicos”, acredita.

E se depender de Ana, o projeto vai crescer mesmo. Com incentivo do mestrado, a professora estuda meios de ensinar programação para pessoas surdas. O método está quase pronto. “Para ensinar programação para pessoas surdas, a gente precisa ter maior suporte visual”, sinaliza.

formatura lovelace ana clara

Fonte: Pró-Reitoria de Extensão (Proex)

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